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domingo, 7 de março de 2010

Os fofos

As gordas que me desculpem, mas uma boa aparência, sem gordura pra todo lado é fundamental.
Afinal, faz tempo que deixamos o século XIX, quando os impressionistas adoravam reproduzir aqueles corpos carnudos, opulentos.
Se era moda, já passou faz tempo!


Eu não gosto quando me chamam de "fofa"!
Por mais carinhoso que seja, sempre fica a lembrança que estou acima do peso.
E detesto isso!



Lamentavelmente, quanto mais eu me chateio com o peso extra, mas fome dá...
Eu até acho que não como muito.
Ou será que como?

Todo mundo sabe que com o passar dos anos a gente precisa comer cada vez menos.
Precisa e deve, pois o metabolismo vai ficando mais lento e tudo que a gente põe pra dentro fica guardado na "pochete da cintura"....
Dizem que é "normal" ganhar um quilo por ano, depois dos 30.
Se você não tomar nenhuma providência vai chegar aos 70 com 3 dígitos ao subir na balança.


Ou você malha feito doida pra queimar tudo que come ou come menos, pra não ter o que armazenar.
É um dilema. Quem gosta de comer sofre nessa hora.
O pior de tudo é que eu adoro cozinhar e adoro a minha comida, diferentemente da maioria que não gosta de comer o que prepara.
Comer é um prazer. Um ritual...
Escolher o cardápio, selecionar os ingredientes. Preparar as receitas com cuidado e com amor.
Tem que ficar gostoso e quando fica gostoso o que é que a gente faz? Come!
É odiosa aquela história da gordinha simpática, ou do gordinho que é ponto de referência!


E não me venha com a conversa de que "sou gorda mas sou feliz". Eu não acredito que dá pra conciliar essas suas coisas.

E tem o preconceito.
E o problema de saúde. Gordo fica doente com mais facilidade e é muito mais difícil de tratar.
Quando um gordo precisa de anestesia, a quantidade de anestésico é muito maior do que a utilizada em alguém "normal". Como se isso não bastasse, essa droga toda demora muito mais tempo pra ser eliminada por que fica "presa" na gordura do sujeito.
É muito triste!
Quem já viu um abdome gordo aberto não pode deixar de lembrar daquelas galinhas gordas, com toda aquela banha dentro dela. Assustador!


Eu era magrinha, talvez até demais...
Isso também não é bom, embora eu não tivesse aparência doente. Era só magrinha mesmo.
Nunca fui ou serei anoréxica. Comida é bom demais.
Bulimia, nem pensar... Tenho pavor de vomitar!
Dá pena ver aquele povo parecendo um cadáver ambulante.
Ou um espaguete vestido de gente.
 


Como sempre dizem que desgraça pouca é bobagem eu consegui, ao mesmo tempo um hipotireoidismo, climatério e parar de fumar.
Pelo menos essa última parte foi uma coisa boa, apesar de me acrescentar 8 quilos à silhueta.
Juntando-se a isso o sedentarismo, foi fatal.
Você já foi malhar em alguma academia?
Aquele monte de gente saradinha, sem um grama de gordura, dá até raiva!
Tá certo que a maioria das mocinhas e mocinhos que frequentam esses espaços fazem muito pouca coisa na vida além de cuidar da imagem, feito as artistas de TV e cinema, mas ver aquela definição toda é desestimulante.
E o professores? Nem chegam perto de você, a menos que você implore.
É óbvio que vão preferir dar atenção às mocinhas com tops minúsculos, cinturinha de pilão e cabelão... sempre o cabelão!
Imagina se vão dar atenção a um pudim de banha!


Alguém disse que com o tempo a gente vai perdendo a cintura pra ganhar jogo de cintura, mas isso não é justo.
Quando tudo começa a cair, ainda por cima ficar redonda, ninguém merece.
Dobrinhas e gordurinhas só são bonitinhas até os dois anos de idade ou se você é um animalzinho de estimação.

 

Ou no Garfield!



Deveriam distribuir esses dissabores físicos entre as pessoas.
Uns são gordos demais, outros magros demais.
Gente ao ponto tem muito pouca.


Já perdi as esperanças de ouvir assobios dos homens das obras.
Ninguém mais olha pra mim!
Acho que nem meu marido presta muita atenção.
Concordo que não é nada agradável olhar pra uma coisa gorda feito uma morsa!
Fico triste e não consigo fazer nada pra mudar.
Às vezes até sonho com meu corpinho perdido, ou com uma transformação milagrosa que me trouxesse de volta as formas perdidas.
Já pensou que beleza seria acordar magrinha de novo?


Acho que entreguei pra Deus, tadinho!
Até isso sobra pra Ele.
Magrinha de novo, só na próxima encarnação!

 


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