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segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Dor do Abandono



Era uma manhã de sol quente e céu azul quando o humilde caixão contendo um corpo sem vida foi baixado à sepultura.

De quem se trata? Quase ninguém sabe.

Muita gente acompanhando o féretro? Não. Apenas umas poucas pessoas.

Ninguém chora. Ninguém sentirá a falta dela. Ninguém para dizer adeus ou até breve.

Logo depois que o corpo desocupou o quarto singelo do asilo, onde aquela mulher havia passado boa parte da sua vida, a moça responsável pela limpeza encontrou em uma gaveta ao lado da cama, algumas anotações.

Eram anotações sobre a dor...

Sobre a dor que alguém sentiu por ter sido abandonada pela família num lar para idosos...

Talvez o sofrimento fosse muito maior, mas as palavras só permitem extravasar uma parte desse sentimento, grafado em algumas frases:

Onde andarão meus filhos?

Aquelas crianças ridentes que embalei em meu colo, alimentei com meu leite, cuidei com tanto desvelo, onde estarão?

Estarão tão ocupadas, talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer olá, mamãe?

Ah! Se eles soubessem como é triste sentir a dor do abandono... A mais deprimente solidão...

Se ao menos eu pudesse andar... Mas dependo das mãos generosas dessas moças que me levam todos os dias para tomar sol no jardim... Jardim que já conheço como a palma da minha mão.

Os anos passam e meus filhos não entram por aquela porta, de braços abertos, para me envolver com carinho...

Os dias passam... e com eles a esperança se vai...

No começo, a esperança me alimentava, ou eu a alimentava, não sei...

Mas, agora... como esquecer que fui esquecida?

Como engolir esse nó que teima em ficar em minha garganta, dia após dia?

Todas as lágrimas que chorei não foram suficientes para desfaze-lo.

Sinto que o crepúsculo desta existência se aproxima...

Queria saber dos meus filhos... dos meus netos...

Será que ao menos se lembram de mim?

A esperança, agora, parece estar atrelada aos minutos... que a arrastam sem misericórdia... para longe de mim.

Às vezes, em meus sonhos, lindo jardim...

É um jardim diferente, que transcende os muros deste albergue e se abre em caminhos floridos que levam a outra realidade, onde braços afetuosos me esperam com amor e alegria...

Mas, quando eu acordo, é a minha realidade que eu vejo... que eu vivo... que eu sinto...

Um dia alguém me disse que a vida não se acaba num túmulo escuro e silencioso. E esse alguém voltou para provar isso, mesmo depois de ter sido crucificado e sepultado...

E essa é a única esperança que me resta...

Sinto que a minha hora está chegando...

Depois que eu partir, gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e as divulgasse.

E que elas pudessem tocar os corações dos filhos que internam seus pais em asilos, e jamais os visitam...

Que eles possam saber um pouco sobre a dor de alguém que sente o que é ser abandonado
Encontrei isso no perfil de alguém do Orkut.
Não sei se é uma história verídica ou não.
Se não for, tudo bem... é uma história triste mas bonita.
Se for, que seja feita a vontade de alguém que se sentiu tão sozinho na hora que mais precisava de amor e carinho.
Que nem eu nem os meus jamais tenham que escrever palavras como essas.

sábado, 25 de junho de 2011

Borboletando

Eu comecei a fazer essa caixa numa das aulas de quarta-feira.
As alunas não se adaptaram à técnica, eu não gostei do resultado do trabalho e acabei abandonando a caixa, semi acabada.

Essa semana pensei em jogá-la no lixo, de tão ruim achei que estava.

Hoje, no entanto, fiquei olhando pra ela, ela olhando pra mim e resolvemos nos dar mais uma chance.

O corpo da borboleta estava horrendo! Resolvi fazê-lo diferente, recheado com manta acrílica, fofinho...
Terminei a caixa toda com tecidinhos verdes e adorei!

domingo, 19 de junho de 2011

Trabalhos de maio e junho 2011



Eu andei fazendo algumas coisas, mas esqueci de colocá-las aqui.
Acho que minha cabeça anda meio devagar, em rítmo de aposentadoria...heheheh


 Fiz essa página 30 x 30, para o Serginho, filho da Aninha.
Ele gosta de carros e aproveitei para usar essas imagens que eu tinha de um papel de scrap da(...). Nos vidros dos carros apliquei relevo incolor, que ficou parecendo vidro. Gostei do resultado.
Apesar dos brilhos na árvore, ficou uma página de menino.


 Essa caixa grande, em MDF tinha um objetivo inicial de guardar documentos de bebê e acabou se tornando numa caixa de adulto, quase masculina, séria e chique.
 Usei carinhos e recortes em MDF, cortados a laser.


 Eu queria aprender a pintar carimbos, como a Marina faz tão lindamente.
Acho que consegui.
Aliei duas técnincas ensinadas por ela ao scrap decor e fiz essa caixa em tons de rosa e verde, combinação que me agrada muito.
E dá-lhe carimbos!


 Essa ficou praticamente um clássico: poás, marron e bege, pérolas.
Gostei bastante dela, principalmente das pérolas adornando os carimbos.


 Assisti ao vídeo da Lu Heringer e resolvi fazer uma estatueta usando a técnica que ela ensinou.
Ficou assim, clássica e simples ao mesmo tempo.
A mãe da Claudia recebeu de presente e espero que tenha gostado.



Para o desafio xadrez da Aprenda a Fazer Artesanato, criei outra página 30 x 30.
Achei super meiga e delicada.
Curti muito bolar as nuvens, a árvore e as flores, tudo cortado em papel xadrez com furador.
Fiz os acabamentos em emboss e com bit, que deram muito cahrme à página.
A graminha aprendi num vídeo do Youtube, com o azul ao fundo, formando o céu.
Amei o resultado.

Continuo na luta

Na terça-feira fiz uma caminhada de mais ou menos uma hora aqui pela vizinhança.
Fui visitar Geoges Marcel e comprei um lindo girassol que deixei pra ele.
O dia estava meio nublado, mas estava frio, o que pra mim é uma delícia, já que o bendito calor não me permite nem respirar direito.
Caminhei tranquila, na ida e na volta, por caminhos um pouco diferentes, pra não enjoar.


Na quarta-feira, pirei na batatinha.
Andei cerca de 6 quilometros, até a casa da sogrinha.
Nem eu mesma careditei que conseguiria e, em algum momento, pensei num ônibus para encurtar o caminho.
Apesar de umas ladeiras meio assassinas que encontrei pelo caminho, segui em frente, ora um pouco mais rápido, ora um pouco mais lentamente.
Cheguei lá mais inteira do que pensei que chegaria e isso foi uma grande alegria pra mim.
Acho que prefiro caminhar assim, sozinha com meus pensamentos, sem ninguém pra me cobrar aceleração, ritmo, sei lá. Eu sou a maior interessada e não gosto que fiquem me dizendo como tenho que fazer isso ou aquilo.
Sei minhas limitações e minhas necessidades.
Vou continuar, tenho certeza disso.
Comprei pela internet um livro que há tempo queria encontrar e não conseguia.
Trata-se do Caminhada Já, do Marcos Paulo Reis.


Diversas vezes o ouvi falando desse livro no rádio, mas não encontrei em nenhuma livraria.
Espero que ele me ajude a encontrar a forma correta de caminhar sem provocar nenhuma tipo de lesão nesse corpinho judiado, nem desistir antes de alcançar meu objetivo.
Objetivo? Isso mesmo. Preciso perder 10 quilos.
Não vou determinar nenhum prazo, pois se não conseguir vou me frustrar e isso vai me fazer desistir.
Essa semana ligo pro médico, vejo que medicação posso tomar.
Vou marcar uma consulta com a Drª Tatiana também, nutricionista especializada em obesidade, indicada pela Drª Patrícia. Vou levar uma facada de 300 reais, mas estarei investindo na minha saúde, que é o que interessa.
Que os deuses do Olimpo estejam comigo!
Beijos

EMAGRECER

Agora virou uma questão de saúde, muito além da honra, da estética.
Estou obesa, diagnosticada pela Drª Patrícia, com IMC 30.


Renoir já morreu há muito tempo e acho que nem pra ele eu seria um modelo de beleza, tão enorme estão as minhas medidas.
Não acho nenhuma graça em ter dobrinhas pra todo lado.
Isso só é legal e bonitinho quando a gente tem 1 ou 2 anos de idade!


Me sinto como uma daquelas morsas bem grandes, que mal conseguem andar direito.
Isso é um fato: gordo tem dificuldade pra tudo, pra caminhar, pra subir escadas, pra subir num banquinho é uma luta, amarrar os sapatos um desafio, cortar as unhas do pé é impossível, e assim vai...
Eu não quero mais isso pra mim.


 Não quero mais sair de casa, minhas roupas não me servem.
Praia? nem pensar. Não vou sair por aí exibindo esse toucinho.
É difícil, eu sei. Todo mundo te convida para almoçar, jantar, lanchar. Se você recusa tá fazendo desfeita, é chata, mal educada.
Jamais imaginei que pudesse chegar a esse ponto, mas últimamente tenho acordado mais pesada a cada dia.
Isso traz uma série de desconfortos, de cansaço, de dor pra todo lado, sem contar com uma tristeza enorme pois eu sempre fui magra.
Não dá pra escapar de uma mudança de vida radical, que inclua exercícios físicos e reeducação alimentar.
Eu não gosto de fazer exercícios e adoro comer. Aí está o problema.
Remédios eu não posso tomar, devido à interação com aqueles que já tomo todos os dias.
Vou ter que consultar o Dr. Fábio com relação a isso também.


Na segunda-feira tive que deixar o carro na oficina, revisão pré-inspeção veicular.
Resolvi aproveitar o dia ensolarado e frio para caminhar.
Fui a pé da oficina do Duda até o novo metrô Butantã. Deve ser mais ou menos 3 kilometros, que percorri no meu rítmo, sem estresse e tranquilamente.
Daí fui pra 25 de março e andei mais um monte naquele lugar que considero um paraíso para quem gosta de artesanato.
Fiquei por lá umas duas ou três horas.
Peguei um ônibus maligno que emorou quase 3 horas para chegar na oficina de novo.
À pé acho que teria sido mais rápido!
E foi assim que eu comecei a tentar mudar um pouco os meus hábitos, caminhando.
Boa sorte, Didi, você vai precisar...


terça-feira, 14 de junho de 2011

Ronaldo - o Fenômeno

Não conheço ninguém que não goste desse moço.
Simples, humilde, o sucesso não lhe subiu à cabeça.
A capacidade profissional dele é inegável, seu talento, invejável.
De Bento Ribeiro para o mundo.
Três vezes o melhor de todos.
O artilheiro da nossa seleção em todos os tempos.
Mesmo tão famoso, tão importante para o mundo do esporte, continua sendo o mesmo cara tranquilo, de fala mansa, capaz de se emocionar...


O carinho dele com os filhos é uma delícia de ver. Parece um paizão, daqueles que todo menino queria ter.

Dá gosto vê-lo com os dois meninos à tiracolo, em toda parte.
Parece que eles se entendem bem, bonito de ver.


 Assumiu a paternidade de um molequinho e demonstra um enorme carinho por ele.
Diferente daquele nomeado Rei do futebol, que renegou a filha que teve até mesmo na hora da morte dela.
Coitada daquela moça!
Ronaldo tem um filho que já conheceu grandinho, um menino ligado na tomada de 220V e o tempo todo acaricia o pequeno, se diverte com ele. Sempre com a tranquilidade que lhe é peculiar.


Olha onde ele se meteu! É impossível esse pirralho!

 Infelizmente tudo nessa vida acaba.
A carreira do Fenômeno, do rapaz capaz de superar a si mesmo e à todas as adversidades que a vida lhe apresentou, também tinha que acabar um dia.
Tomara que ele continue sendo o exemplo que é, de humildade e competência, de perseverança, de superação.
Nós precisamos de exemplos positivos, num país onde todo mundo acha que pode dar um jeitinho pra se dar bem, sempre.
Eu sou fã do Ronaldo, vou guardar para sempre a camisa 9 do artilheiro, que me acompanha faz um tempão.
Mas ele continuará para sempre sendo um cara realmente fenomenal!