Páginas

domingo, 21 de novembro de 2010

Fila

Sempre ouvi falar que brasileiro ama uma fila.
É fila do banco, do caixa do supermercado, pra entrar no estacionamento do shopping, para pagar o dito cujo do estacionamento, pra comprar ingressos de jogos e shows, pra pegar ônibus, pro táxi do aeroporto, pro balcão de embarque, no portão de embarque até o avião, espera em restaurante, enfim... o que não falta mesmo é fila.


Porém, ficar dias e dias numa fila pra assistir a um show, QUALQUER que seja o artista ou espetáculo, é uma coisa que não entra na minha cabeça.

Hoje tem show de um ex-Beatle, o tal do Paul...


Quase não dá pra acreditar no que esse pessoal faz. Já tem gente lá desde quinta-feira, dia e noite, sob sol e chuva, hiper mal acomodados, enfiados em barracas de camping do tamanho de um botão, sem banho, comendo porcaria...


Quando chegar a hora de ver o seu ídolo, em que estado estarão essas pessoas?
Já imaginou o cheirinho do estádio?
É provável que dê pra sentir o aroma aqui de casa....hehehehehe
Sem contar que grande parte desse povo deve ser daquela turma de desocupados, que não trabalha, não estuda, não faz coisa nenhuma.


Aí, o coitado que também gosta do cantor e trabalha feito um burro a semana inteira pra ter grana pra comprar o ingresso caro pra caramba, quando chega na hora do show, fica 3 dias num trânsito assassino e só consegue chegar quando o show já está na metade!
Ainda bem que esse dura 3 horas... Ainda bem pra esses que vão ficar horas tentando chegar, por que pra quem mora perto do estádio a coisa só acaba no dia seguinte.


Opa! Dia seguinte tem outro show, com o agravante de ser dia útil (pra quem trabalha, é claro!). A porca vai torcer o rabo mais uma vez, bem torcidinho, pois o trânsito vai ficar 9563265203562 vezes pior pra chegar até aqui.
Ainda tem a polícia. Parece que todo o contingente da cidade se desloca pra perto do estádio nessas ocasiões. Não sei se isso mais ajuda ou atrapalha.
Fico imaginando que se eu fosse bandido, adoraria os dias de shows e jogos, pois a polícia está toda num lugar só e assim fica ótimo pra eles fazerem a festa.


Se eu pudesse tirava folga, só pra não me estressar com isso.
Não tem nada melhor, mais cômodo, mais barato e confortável do que comprar um DVD do show e assistir bem relaxada no sofá da sua sala.


Acho que tô mesmo ficando velha. Essa muvuca não é (nem nunca foi) pra mim.
É preciso ter o miolo mole ou muito pouco o que fazer pra entrar numa fria dessas.
Ainda vou ficar de cabelo branco com essa vizinhança!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Atenção

É proibido reproduzir imagens ou textos da autora (parciais ou na íntegra), sem prévia autorização!
Não quero nem saber se o pato é macho,
o que eu quero é comer ovo!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Volta ao trabalho

Desde o dia 29 de outubro, estava afastada do trabalho, de folga e férias.
Foram dias maravilhosos, sem a obrigação de acordar às 5 da matina, bater cartão, etc.
Não há nada mais gostoso do que sair de férias, ir viajar, encontrar a família.
Eu fiz tudo isso nesses dias.
Infelizmente, tudo que é bom dura pouco e hoje recomecei minhas atividades no ambulatório.

Só pra variar tinha uma porção de coisas me esperando. Fico pensando como vai ser em maio/junho, quando eu não pretendo voltar das férias...

Tinha deixado a ornamentação de Natal toda montada, antes de sair de férias, para que no retorno faltasse apenas colocar tudo no lugar.
Além de minhas atividades habituais, foi isso que fiz hoje: trouxe a lembrança do Natal pra todo mundo que frequenta meu espaço de trabalho.
Ficou lindo, principalmente se levarmos em consideração a verba que foi destinada a isso, uma merrequinha!
Fiz uma guirlanda bem grande para a recepção, laços coloridos com enfeites cheios de brilho para todas as portas. Rimos muito quando eu coloquei enfeites até na porta dos banheiros...heheheheh
Os pacientes ajudaram, se divertiram também.
Amanhã vou fotografar e posto as fotos aqui.

Que o espírito do Natal esteja sempre junto de nós, em todos os dias do ano que ainda vai nascer.

domingo, 14 de novembro de 2010

Volei Feminino

Faltou pouco, de novo. Assim como aconteceu em 2006, o Brasil ficou perto de ganhar pela primeira vez o título do Mundial feminino de vôlei. E, assim como aconteceu em 2006, a Rússia levou a melhor no tie-break e impediu a realização desse sonho. Neste domingo, as russas venceram a final por 3 sets a 2, com parciais de 21-25, 25-17, 20-25, 25-14 e 15-11, e conquistaram o bicampeonato.

Com o resultado, a Rússia impede que o Brasil tenha a hegemonia no vôlei feminino, uma vez que a seleção é a atual campeã olímpica. As russas, por sinal, comprovam que o Mundial é o seu torneio preferido. Esse é o sétimo título das europeias na competição.

Contra a Rússia, o Brasil começou arrasador. Usando as bolas de Natália na entrada da rede a seleção marcou 6-1. O resultado deu tranquilidade para as brasileiras em toda a parcial.O nosso time acaba de ser derrotado pelas russas, novamente.
Como é ruim perder!


Houve um erro de árbitro coreano, que deu bola fora pro nosso time, quando os dois árbitros de linha disseram que foi dentro.
E daí? Quem manda é o tal do juiz, certo ou errado.
Isso é o tipo de coisa que desce quadrado pela garganta da gente.

Apesar da derrota, dá gosto ver as nossas meninas em quadra. É muita garra, técnica, empenho...
Mesmo com a falta de incentivos ao esporte em nosso país, o volei das nossas equipes masculina e feminina só tem trazido alegria pro nosso povo. Muito mais que o futebol.

Triste ver os rostinhos delas, decepcionadas, frustradas com mais uma tentativa de conquista da madelha de ouro. 

Parabéns às russas, medalhistas de ouro em 2010.
Ficamos com a prata.

Como dizia o nosso Ayrton, o segundo colocado é apenas o primeiro dos derrotados!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Reverência ao destino



Reverência ao destino

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Carlos Drummond de Andrade

Insônia



Essa coisa me assombra há anos.
Passo tempos sem sentir muito os seus efeitos, mas de vez em quando ela volta com força total.
Faz muitos anos que não sei o que é deitar e dormir a noite toda.
Ora é o calor, ora o barulho. Às vezes parece que tem formiga na cama...
Já tentei de tudo, de remédio pra dormir até chazinho quente, leite morno (odeio!), contei carneirinho, folha de scrap, tudo...


Tenho tantos projetos de artesanato iniciados que passei essa noite sem dormir pensando neles, em como terminar cada um.
Fiquei literalmente rolando na cama até às 2 horas, aí desisti, levantei e fui pintar minhas caixinhas...heheheh
Voltei pra cama às 6 da matina, ainda sem sono.
Só quando o maridão saiu pra trabalhar foi que eu dormi um pouco, umas duas horas, eu acho.
O dia seguinte fica todo esquisito, confuso. 


Tô ligada numa tomada de 220V, com uma cara horrível e sem sono nenhum.
É mole?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Novas peças

Hoje trabalhei bastante, tentando fazer peças suficientes para levar pro bazar da igreja...
Não é moleza fazer tanta coisa sozinha, mas eu dei minha palavra e costumo cumprí-la, mesmo quando isso me desgasta.


Ando muito cansada, não sei o que acontece.
Às vezes dá vontade de largar tudo e ficar sentada com um livro nas mãos, pensando apenas na leitura.
Mas não dá, né?
Queira ou não, de um jeito ou de outro, a vida continua.


Amanhã já deve dar pra eu postar algumas peças que estão quase finalizadas.
Inté!

Pra lembrar

"Cada minuto que passa pode ser tudo que me resta para viver.
Mas eu desperdiço o tempo, como se ele fosse infinito!"

Frase de novela - Escrito nas Estrelas - repetida uma infinidade de vezes ao longo dos capítulos e lindamente no último deles. Quero me lembrar sempre disso, de preferência todas as manhãs, ao acordar...

Sucesso absoluto!

Pessoal, estou impressionada!




Meu humilde bloguinho, que até bem recentemente era acessado quase que exclusivamente por mim mesma e por meia dúzia de gatos pingados, está bombando!


Será que devo agradecer esse sucesso todo a alguém?
Poxa vida... eu tinha 7 seguidores, quase todos amigos de infância e agora tenho 20.
Espantoso!
Mais espantoso ainda, quase um milagre: mais de 5000 acessos!
Caramba... o que é o poder dessa mídia.
Quase já me sinto uma celebridade!



Os poderes são tantos que já tem gente achando que eu sou capaz de mudar as regras de grandes lojas da maior rua de comércio popular da América Latina!

Eu sou um espetáculo e nem sabia....heheheheheh

Quem sabe nas próximas eleições deva concorrer a algum cargo eletivo, não é?

As pessoas deveriam pensar antes divulgar textos alheios sem autorização, tornando muito mais público do que o necessário.
A coisa que é pequena pode crescer com a velocidade de um rastilho de pólvora.



Espero que essa frequência não continue tão grande, pois a pretenção do meu bloguinho é bem mais modesta e esse sucesso todo pode acabar me subindo à cabeça!

Incompetência

Viajar é bom, mas voltar pra casa parece um prêmio depois de vários dias andando por aí.

Mesmo que você tenha circulado por lugares lindos, conhecidos costumes, pessoas, hábitos, comidas diferentes, não há nada como o seu travesseiro, a sua cama, o seu banheiro, a sua comida, feita nas suas panelas...

Cada vez que viajo fico me perguntando por que é que gasto rios de dinheiro pra depois ficar reclamando do cansaço, dos erros cometidos nos roteiros, da incompetência das pessoas.

Olha só...
Saí daqui disposta a comprar uma máquina fotográfica no FreeShop, já que a minha faleceu e as que tenho encontrado nas lojas estão muito caras. Até pensei em comprar uma na 25 de março, mas não é do meu feitio incentivar o contrabando, a pirataria e afins.
Pois bem... vamos comprar a máquina no aeroporto mesmo.
Escolhi o equipamento que desejava, pedi algumas orientações ao vendedor que, é claro, estava todo solícito.
Comprei a máquina, saí da loja e fui pro meu portão de embarque.
Depois de uma confusão danada com o voo, que já descrevi lá atrás, tive tempo de sobra para estudar o manual da máquina.
Todo em inglês e espanhol. Como consigo me virar com os dois idiomas, embora não domine nenhum deles, fui lendo tudo. O que não entendia numa lingua ia procurar definição na outra. Quando persistia alguma dúvida eu tinha do meu lado meu marido-dicionário-poliglota para sanar a questão.
Enfim chegou o momento de aplicar tudo que aprendi no dito cujo do manual.
Ah! cadê a memória?
Era só o que faltava...
A máquina não veio com memória nenhuma, nem umazinha pra testar o equipamento.
Lá fui eu novamente até a loja, pra comprar a memória.
Surpresa! "" Tá em falta", disse-me o mesmo vendedor cachorro que me atendeu da primeira vez.
Se o sacana sabia que não haveria memória à venda, por que me vendeu a máquina? Tinha um montão delas lá, mas ele me vendeu justamente a que não tinha memória pra vender...
Não sei se devo chamar essa atitude de maldade, incompetência, safadeza, imoralidade ou burrice mesmo.
Como é difícil lidar com gente incapaz de realizar suas tarefas decentemente, não é?
Minha sorte é que a minha irmã, que encontrou conosco em Buenos Aires, tinha uma memória de reserva e pode me emprestar, pois o FreeShop do aeroporto de lá estava fechado (estavam desativando o aeroporto e eu também não sabia disso!). 
Já pensou se ela não estivesse lá ou não pudesse me ajudar?
Estivemos em lugares lindos, maravilhosos mesmo e eu tinha que guardar as imagens desses lugares.
Infelizmente ainda terei que esperar que ela tenha tempo de descarregar as memórias e mandar as fotos pra mim. As duas são dela e voltaram com ela pra Nicty,.
Aí sim, vai ter valido à pena comprar a máquina pra guardar tudo que vi nesse roteiro maravilhoso que fizemos esse ano.
Enquanto isso, vamos esperar!

Objetivo do Blog

Quando criei esse blog desejava ter um espaço para armazenar meus trabalhos, minhas ideias , meus pensamentos.
Não escrevo uma letra sequer que seja endereçada a ninguém além de mim mesma.
Pode parecer coisa de maluco, mas eu tenho uma memória pra lá de ruim, ficando pior a cada dia e o blog deveria ser uma espécie de diário, com anotações das coisas que penso e faço.

Jamais me preocupei em ter seguidores, eu não sou Jesus Cristo!

Não sou a Rainha da Cocada Preta nem tampouco serei comida por minhocas cor de rosa no dia em que partir dessa vida.

Não quero nem nunca quis fazer desse  espaço um lugar de polêmicas e fofocas, apenas um registro das minhas impressões sobre momentos e experiências vividas.

No entanto, caso seja necessário, vou escrever mensagens de resposta, desabafos, críticas, elogios. É um direito meu, como cidadã, trabalhadora, eleitora, em dia com todos os meus compromissos civis, pessoais, familiares, sociais, profissionais, financeiros.

Sempre com intuito de lembrar das coisas que faço no meu dia a dia.

Se alguém se sentir incomodado com o que eu escrevo, existe a possibilidade clara, simples e objetiva de não ler. Essa é a maior virtude da net, você só vai onde quer, só lê o que quer...

Portanto, que fique bem claro, Didi, você não deve nada a ninguém, nem satisfação, nem desculpas, nem obediência, nem obrigações nem nada.

Você sabe perfeitamente a pessoa que é, honesta, leal, educada, gentil, generosa e grata a todas as pessoas que passaram pela sua vida. 

Mesmo quem lhe causou dissabores ensinou alguma coisa.

O passado tem que ficar lá, no lugar dele.
O presente pede que você descanse para aproveitar o restinho das suas férias e cuide de sua saúde que não anda lá essas coisas.

O futuro, se vier, a gente vê amanhã.

O resto é resto e, plagiando o Rei, """   que tudo mais vá pro inferno!"

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Aerolíneas Argentinas

Se você pretende viajar escolha qualquer companhia aérea que não seja a Aerolíneas Argentinas.
Aquilo ali é de deixar até careca de cabelo em pé.
Uma desorganização tão grande que dá vontade de voltar pra casa antes mesmo da viagem começar.
Conforme é recomendado, chegamos ao aeroporto de Guarulhos com 3 horas de antecedência, antes da 5 da manhã.
O balcão da companhia estava abandonado às traças, sem sequer um aviso do horário de funcionamento.
Um funcionário de uma agência de turismo que estava por lá disse que é assim todos os dias. Podem abrir os guichês às 5 da manhã, às 6, às 7... não há um padrão.
Não bastasse termos ficado em pé numa fila que aumentava a cada instante, os funcionários nem olham pra cara da gente quando, enfim, chega a nossa vez no check in.
Nosso voo tinha saída prevista para as 8 da manhã. Às 8 e pouco, como não havia nenhuma movimentação no portão de embarque determinado, fomos perguntar o que estava acontecendo. Cada grupo obteve uma resposta diferente: a tripulação havia chegado tarde e não poderia voar regulamentada, a tripulação estava cansada, o avião estava com problemas e passava por manutenção, o voo havia sido cancelado por baixo número de passageiros...
Essa novela se extendeu até o meio dia!
Eles devem achar que precisamos mais dele do que eles precisam de nós, que somos algum tipo de otários, de ignorantes, não sei.
Foi necessário pedir um milhão de vezes para que nos dessem algum tipo de documento informamndo a causa do atraso para posteriores reclamações e, quando veio o "documento", era uma folha onde constava o endereço eletrônico de uma central de reclamações sei lá aonde.
Uma falta de respeito, de profissionalismo, de educação, de tudo!
Pra ficar menos ruim distribuíram um "vale coxinha" (apelido dado ao ticket pelos passageiros indignados) no valor de 22 reais, quando um sanduiche mixuruca na única lanchonete autorizada a receber os ditos vales custa 17 reais.
Depois de ter chegado no aeroporto há mais de 7 horas, embarcamos no avião.
O espaço entre as poltronas mal dá pra gente respirar...
Quando procederam a troca dos bilhetes de embarque, parte dos passageiros recebeu a informação que não haveria lugares marcados e outra parte foi orientada a sentar-se nos lugares indicados. Conclusão: o maior angú de caroço dentro do avião! Todo mundo perdido, sem saber onde sentar, cada um cumprindo as determinações que recebeu...
Tinha gente sentado no lugar do meu marido que acabou indo lá pra trás...
Alguns fizeram questão de suas poltronas marcadas, foi quando entrou em cena uma comissária completamente estressada, coitada!, que aos berros faltou bem pouco pra bater num dos passageiros. Ela gritava, completamente histérica, num idioma incerto e não sabido, que o avião não decolaria enquanto cada um não estivesse sentado em seu lugar marcado, como se fossemos todos criancinhas de jardim de infância!
Foi terrível assistir a esse espetáculo...
Depois de muito bateboca o avião decolou.
Ao meu lado sentou-se um senhor, cuja nacionalidade desconheço mas que não falava nem espanhol, nem português, nem inglês (únicos idiomas que a tripulação tentava falar!). Na hora que começaram a servir aquele sanduiche pavoroso (parecia de papelão!), o pobrezinho foi abrir a mesinha à sua frente e não havia espaço suficiente pra isso, pois a mesinha batia na barriga dele. Percebendo o embaraço do sujeito, pedi ao rapazinho que estava sentado na frente dele que colocasse seu assento na posição vertical, pelo menos enquanto o homem comia, no que fui atendida prontamente.
Qualquer pessoa de estatura mediana que estava  naquele avião, viajou com os joelhos encostados na poltrona da frente. Tenho até medo de pensar como chegaram em Buenos Aires os passageiros mais altos!
Pensa que acabou? Errou!
Depois de quase 3 horas de aperto e desconforto, seguimos para a esteira a fiim de retirar nossas bagagens.
Metade dos passageiros esperou por mais de uma hora e nada de malas...
Só Deus sabe para onde eles enviaram as malas!
Outra confusão dantesca no aeroporto, o portunhol rolando solto, todo mundo nervoso.
Havia casais em lua de mel, casais de idosos, crianças que ficaram sem nenhuma malinha pra contar a história. E todo mundo indo pra Patagônia, onde faz um frio danado.
O funcionário do aeroporto se recusando a dar qualquer documento que comprovasse que as malas sumiram, o caos!
É claro que perdemos a conexão, né?
Imagine metade dos passageiros de um avião de carreira, todos cansados, irritados, com frio, com fome e loucos de vontade de pegar alguém pelo pescoço.
Perguntamos aos argentinos todos que encontramos se isso acontece com frequência e o que nos disseram é que essa é a pior companhia aérea do mundo, que acontece esse tipo de coisas milhões de vezes, o tempo todo.
Esse foi o começo das minhas férias.
Essas são as Aerolineas Argentinas!



domingo, 31 de outubro de 2010

5 anos

Hoje faz 5 anos que meu paizinho foi morar no céu!
Dia das bruxas! Não dá pra ser um dia alegre pra mim...
Foi a coisa mais triste que me aconteceu até hoje.
Lembro perfeitamente da ligação do meu primo Renato, às 3 da madrugada, avisando que ele tinha morrido.
Como é ruim!
Depois de duas semanas internado devido a um infarto com complicações renais, ele estava de alta de UTI e começou a sangrar. Acho absurdo que alguém possa sangrar até morrer, estando dentro de um hospital, mesmo que o hospital seja especializado em cardiologia. Parece que o hábito de esquecer que o paciente é um ser completo continua, mesmo nos grandes centros, mesmo onde há médicos supostamente bem formados.
Ele tinha uma úlcera e a medicação que recebeu para tratar o coração fez com que essa úlcera sangrasse. E eles não fizeram um trabalho decente, e deixaram meu pai ir embora pra sempre.
Espero sinceramente que haja vida depois da morte, que ele esteja de fato em algum lugar bem bacana, olhando por mim, esperando pra me receber quando eu for pra lá também.
Ainda hoje eu choro como se estivesse vendo meu pai morto bem aqui na minha frente, frio, sem cor...
Essa imagem jamais se apagará da minha lembrança, por mais que eu tente lembrar apenas dos bons momentos que tivemos juntos.


Meu pai, na nossa praia em Jaconé, 3 meses antes de ir morar no céu!

Agora meu paizinho mora lá na lua, de onde acompanha meus passos e me ilumina o caminho.
Acredito que a luz do luar que inunda muitas das minhas noites reflete a benção dele, o carinho e o amor que nem a morte é capaz de apagar.

Férias

Parece que demora uma vida pra chegar as férias novamente.
Nem lembro direito como foi a minha última viagem de férias.
Fui pro Canadá, pela segunda vez, em 2007. Meu passaporte já está quase vencendo e até agora eu não consegui tempo nem estrutura pra viajar de novo.
Amanhã isso vai acabar!
Junto com meu marido, minha mãe e minha irmã, vou visitar a Patagônia Argentina.
O marido sempre quis ir pra lá e eu fui prorrogando, até que a ideia começou a ficar mais bacana agora e lá vamos nós!
Tenho medo de matar mamãe de frio... Minha irmã também talvez não goste muito da temperatura de lá!
Os sites de meteorologia indicam uma temperatura variando entre 0 e 20 graus, uma amplitude muito grande que nem sei se dá pra acreditar.
O negócio é levar um agasalho bem quentinho pra usar quando estivermos ao ar livre. Acredito que dentro dos lugares haja calefação e a gente nem vai perceber a temperatura externa.
Depois de alguns dias por lá, vendo lagos e montanhas, vamos para Buenos Aires.
Uma cidade linda demais. Estivemos lá há alguns anos e eu sempre tive vontade de voltar à terra dos hermanos.
Quando voltarmos espero ter muitas histórias bacanas pra contar e muitas imagens também.
Até breve!

domingo, 20 de junho de 2010

Lar doce lar

Apesar do trabalho doméstico que não acaba nunca, voltar pra casa depois de uns dias fora é sempre bom.

Ainda mais quando tem um presente gigante em cima da mesa e um marido cheio de saudade te esperando!

Rainha do lar

Hoje é o último dia da moleza.
Observando meu último dia de férias, vi que trabalho o tempo todo, mesmo quando deveria estar descansando.


É casa pra cuidar, roupa pra passar, roupa pra lavar, comida pra fazer, louça pra lavar, compras pra fazer e guardar.
Serviço doméstico não tem fim.
Um dia eu compro um robozinho pra fazer tudo pra mim.


Dona de casa deveria receber salário!
Enquanto isso o marido lê o jornal, a Economist da semana, responde e-mail e tempera a salada do alço.
Na próxima encarnação eu quero ser o marido!

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim

Ganhar um jogo de Copa do Mundo é uma alegria só.
No meio de toda a alegria da torcida em toda parte, lembrei do amor à patria, o amor que eu sinto pelo meu país, que muitos brasileiros sentem.
E lembrei desse poema, tão lindo, tão patrióta...






Canção do Exílio



Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

 Eu adoro futebol. Copa do Mundo, então, nem se fala...
Sofro, como as unhas, tenho dor de barriga.
Quando vejo jogadores brasileiros apanhando dã vontade de pular na TV.
Não tenho coração pra um jogo desse ao vivo e em cores.
Ainda bem que ganhamos, apesar de ver expulso nosso cavalheiro, gentleman e gentil Kaká.
Grosseria de francês...fazer o que?


Que venham os portugueses!


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Borboleta



Há dias não faço muita coisa. Tem algumas coisas por terminar, mas ando misturando muito as estações.
Quero aprender tudo ao mesmo tempo, comprar material pra fazer aquelas coisas lindas que ainda na fiz, começar aquele novo projeto, colocar em prática tudo que tenho pesquisado.

Terminei um trabalho que estava pendente faz um tempão: patch no isopor, a borboleta.
Faltava apenas as anteninhas. Agora não falta mais:

A caixa em MDF foi toda forrada, por dentro e por fora. Ainda não tinha aprendido as técnicas para esse tipo de forração, logo, não ficou nenhuma perfeição, mas o visual ficou bacana.

A Marmitinha levou, presente pra Flávia.
Feliz aniversário, Flavinha. Que os anjos digam amém a todos os seus desejos.


FÉRIAS





Tem coisa melhor que isso?
Acho que não...

Vou ficar uns dias de papo pro ar, acordando quando os olhos cansarem de ficar fechados.
Levantando quando sentir fome, sede...


Nada de despertador, banho às 5 da matina, saídas às pressas, sem café da manhã sossegado...


Não sei se vou poder fazer muita coisa com esse frio, mas só o fato de não ter que ir trabalhar, de não ver gente doente, não ter que aguentar a arrogância daqueles profissionais, Ah! que delícia!

Só sei que vai ser assim, todos os dias serão sábado, pelo menos até o dia 19/6...
Inté breve!

terça-feira, 18 de maio de 2010

VIVER A VIDA

Eu não costumo gostar dos últimos capítulos de novelas.
Sempre fica faltando uma coisa, bandidos viram mocinhos, coisas ficam sem desfecho.
Essa novela foi diferente: as mágoas continuaram, os bandidos ficaram sozinhos, mortos, tristes.
A Helena de Manoel Carlos ficou em segundo plano dessa vez, perto da grandiosidade dos problemas da Luciana.
Eu não gostava da Taís Araujo, a achava arrogante. Talvez a dor da Helena tenha tornando o semblante dela mais humilde e hoje eu gosto da interpretação e a pessoa não me incomoda como antes.
Sem contar que ela é linda!


Eu não gostava da Alinne Moraes, a achava metida e arrogante também. Posso dizer as mesmas coisas que disse sobre a Taís Araujo com relação à Alinne.


É muito interessante como um personagem de novela pode mudar a imagem que temos de uma pessoa.
O sofrimento de Helena e Luciana transformaram meu sentimento em relação às atrizes.
Não que isso faça alguma diferença, não é?
Elas vão continuar trabalhando 8 meses e tirando dois anos de férias, ganhando num mês o que eu ganho no ano inteiro.
Vão continuar aparecendo lindas e maravilhosas nas revistas, com photoshop ou não.
Vão continuar ganhando "de grátis" as roupas lindas que a gente cobiça nas vitrines das lojas.
Vão continuar comendo de graça, viajando de graça...
A vida é assim: mal distribuída...

Voltando à novela.
Adorei o fim.
Chorei feito doida assistindo os útlimos capítulos.
A alegria de Luciana e Miguel com a gravidez, com a descoberta do sexo dos bebês, o parto. Tudo foi tão lindo que parecia de verdade. A interpretação da Alinne que mostrou tristeza e alegria apenas com o olhar, foi impressionante pra mim.


A intransigência de Ingrid, tão real, tão comum. E a paciência do Leandro com ela, apaziguando os ânimos.
A felicidade de Ariane e Jorge, Ricardo e Elen, escrevendo certo por linhas tortas.
A morte do Benê. A elegância do Coisa Ruim.
O amor eterno, bandido, da Sandrinha.
O amor incondicional e maravilhoso de Teresa pelas filhas.
A canalhice do Marcos.
A maldade inconsequente da Isabel.
A pureza da Mia.
A amizade e a competição das irmãs.
A relação muito doida de Betina e Gustavo.
E a voluptuosidade da Malu? Ótima!
A sensualidade da Dora, o amor do Maradona por ela e pela Rafalea.

E a beleza do Carlos? Incrível!

Adorei os depoimentos, todos maravilhosos.
Chorei muito, me emocionei.
Superação, amor.... magia que tudo isso envolve.

E vamos em frente, vivendo a vida!