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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Mães e filhos

Eu adoro crianças, mas não tenho nenhuma paciencia com elas.
São lindos, na fotografia!
Tem um amigo do meu marido que diz que adora crianças, principalmente com uma maçã na boca.
Ter que aguentar filho dos outros é um tormento.
Dizem que criança e pum, cada um só aguenta o seu.
A pessoa se diverte, tem o filho e a gente tem que suportar os moleques malcriados, agressivos, que gritam o tempo todo, quebram tudo, um inferno!
Eu não tive filhos por que não quero crianças por perto.
Sem contar que temos que trabalhar dobrado cada vez que alguma boneca resolve aumentar a densidade demográfica da minha cidade. Meses e meses de licença maternidade que eu tenho que respeitar sem reclamar, como seu eu tivesse feito o filho!
Ninguém me perguntou o que eu achava disso.
Quando alguém resolve ter um filho deveria saber que vai ter trabalho e assumir todos os riscos e não me obrigar a dividir os seus problemas.
Infame.
E ainda temos que ouvir: "Você não tem filhos, não sabe o que é".
Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe.
"Meu filho, meu mundo". Filhos dos outros, meu problema!
A gente tem que aguentar, suportar resignadamente por que crianças, adolescentes e gestantes são protegidos como se fossem santos, como se não abusassem de nós outros, simples mortais que optamos pelo sossego longe da maternidade.
Eu fico doida com isso.
Quero saber quando é que vão criar:
  • o Estatuto Dos Que Não Têm Filhos
  • a Associação dos Sem Saco Pra Aguentar Crianças
  • a Sociedade Dos Que Não Querem Qualquer Tipo de Obrigação Com Elas Ou Suas Genitoras.
Como a minha mãe sempre disse, "quem pariu Mateus que o embale"!

Ela teve suas filhas e as criou sozinha, sem pedir ajuda, sem reclamar.
Deveria servir de exemplo pra esse monte de mulher folgada que acha que tenho obrigação com o fruto do prazer delas.

Detesto essa proteção às mães, crianças e afins, como se fossem mais cidadãos que eu.
Não tive filhos por que não quis.
Não me sinto obrigada a suportar cadeiras sendo arrastadas sobre a minha cabeça, água espirrada em mim na piscina, pisões no meu pé, barulho no cinema, nariz escorrendo, gritinhos agudos, malcriação, falta de modos.
Em nome de uma infância protegida eu tenho que aguentar todo tipo de incômodo.
Quando eu era menina não havia Estatuto da Criança e do Adolescente e nem por isso eu me tornei um bandido, um à toa na vida, um desocupado.
O que se vê hoje pra todo lado é adolescente, cada vez mais jovens, cometendo todo tipo de crime, de barbaridades. E são todos protegidos. Por lei ainda por cima.
Antes, quando a lei era a do chinelo, criava-se pessoas mais decentes do que agora.
Trabalho, respeito as pessoas, pago meus impostos, coisa que muita mamãezinha aí não faz e está cheia de privilégios só por que resolveu parir mais um rebento.
Ando cheia de ouvir certas coisas.
Abaixo as criancinhas mal educadas, as mãezinhas abusadas e os adolescentes insolentes!


Um comentário:

  1. Eu adoro crianças, as educadas! heehheeheh
    Mas concordo em gênero, número e grau com você... criança abusada e mãe que não sabe se impor é a pior coisa que tem!!!

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